Hospitais Santo Antônio e Regional de Sinop já foram beneficiados pela mão de obra dos presos da Penitenciária de Ferrugem
Mais de 10 mil máscaras produzidas pelos recuperandos da Penitenciária Dr. Osvaldo Florentino Leite Ferreira (Ferrugem), de Sinop, foram doadas para o Hospital Santo Antônio. A entrega ocorreu nesta quinta-feira (18.06) e contou com a presença de representantes do Conselho da Comunidade de Sinop, Lions Clube, da unidade penitenciária e da unidade de saúde.
Na próxima semana, o hospital ainda receberá mais 5 mil máscaras, totalizando 15 mil. A iniciativa é fruto de uma parceria entre o Conselho da Comunidade de Sinop, do Lions Club e de outras entidades parceiras. Além das doações recebidas, o Hospital Santo Antônio deu sua contrapartida fazendo a doação de uma máquina de costura reta, mais um equipamento que será empregado na oficina da Penitenciária de Ferrugem.
Essa não é a primeira unidade de saúde a ser beneficiada com a mão de obra dos reeducandos. O Hospital Regional de Sinop também já recebeu máscaras e aventais de TNT, materiais utilizados diariamente pelos profissionais da saúde. A produção destes materiais faz parte do Projeto ReVida – Unidade de Corte e Costura, que conta com a mão de obra de 12 reeducandos da unidade penitenciária.
A oficina tem capacidade para 18 pessoas. Por dia, os presos já chegaram a produzir cerca de 1.600 máscaras. O material para produção é fruto da doação de parceiros como o Lios Club. Além da parte de corte e costura, a oficina também possui uma parte destinada à serigrafia e ao corte de couro para a confecção de bolas esportivas.
Responsável pelo projeto, o Conselho da Comunidade custeou durante três meses o curso de corte e costura dos reeducandos, iniciativa que contribui com a ressocialização dos presos, aumentando a chance de reinserção no mercado de trabalho, como afirmou o diretor executivo do conselho, José Magalhães Pinheiro.
“Para nós, conselho, este é o resultado de um grande trabalho desenvolvido em prol da ressocialização das pessoas privadas de liberdade. Além disso, é bom para todos os lados envolvidos: para o Estado, para a própria unidade, que mantém os presos trabalhando e para o conselho, que consegue inserir de forma mais rápida esses recuperandos no mercado de trabalho”, destacou Magalhães.
“Só temos a agradecer ao Conselho da Comunidade de Sinop e a todos parceiros, que propiciam que o Sistema Penitenciário local seja um espaço de ressocialização, de trabalho e de chance para o futuro destes reeducandos”, disse o secretário adjunto de Administração Penitenciária da Sesp-MT, Emanoel Flores.