A crise socioeconômica assolada na Venezuela, que se transformou em uma avalanche humanitária, contou com o apoio imediato do Brasil para receber os hermanos, independente de viés político e ideológico. Foi assim no governo do PT, e continua após uma nova roupagem na política brasileira. A Igreja, através do projeto Caminhos de Solidariedade, foi a precursora nesta ação humanitária, atendendo os venezuelanos, desprovidos de esperança, que chegavam por Pacaraima, no estado de Roraima.
As Caritas diocesana, a CNBB, o Serviço Pastoral do Migrante (SPM), Instituto de Migrações e Direitos Humanos (IMDH), Serviço Jesuíta para Migrantes e Refugiados (SJMR), além de outras entidades, estão diretamente voltados para a recepção daqueles que queiram uma nova vida.
Esse trabalho foi fundamental para que o Governo Federal lançasse a Operação Acolhida, tendo à frente, o Exército Brasileiro para coordenar a triagem, orientação, expedição de documentos e administração de vacinas, para que possam estar em condições de se manterem em solo brasileiro. A operação visa distribuir esses estrangeiros para algumas cidades escolhidas dentro do País, dentre elas, São Paulo, Manaus e Cuiabá, sendo esta uma referência com seus serviços prestados pelo Centro Pastoral dos Migrantes.
Atuando em Roraima desde fevereiro de 2018, as Forças Armadas administram 13 abrigos para imigrantes, onze deles em Boa Vista e outros dois em Pacaraima, onde contam com o apoio de ONGs, ações organizadas pela ONU, atenção básica de saúde, alimentação, além de receberem atividades culturais e educativas para crianças e adultos.
Muito embora, a política de recebimento destes venezuelanos seja harmônica, há informações de que agentes de inteligência Bolivariana estão aproveitando a situação para se infiltrarem em solo brasileiro. É nítido que se tal informação for comprovada a diplomacia perderá espaço, afunilando assim, a entrada daqueles que fogem da guerra, da fome e da miséria, em pleno século 21.
O governo federal está atento, buscando identificar essas células, que poderá está levantando possíveis desertores do Exército Bolivariano. Segundo representante da Operação Acolhida, independente do motivo que fez esses migrantes procurarem o Brasil, todos serão muito bem atendidos, sem qualquer discriminação.