Grupo executado em Colniza “peitou” o CV e queria autonomia para traficar drogas

Trio de traficantes foi executado com requinte de crueldade em Colniza (a 1.080km de Cuiabá), na noite desta sexta (3), se recusou a vender drogas “fornecidas” pelo Comando Vermelho e por isso foi morto. Como o pó da organização é considerada de qualidade média a ruim, com grau de pureza abaixo de 85%, a facção suspeitava que o trio estava buscando drogas fora e não aceitou a concorrência na cidade.  O  apurou que não houve briga de facções e sim o CV mostrando que quer controlar toda a distribuição de drogas em Mato Grosso.  De acordo com o boletim de ocorrência, alguns dos suspeitos dos crimes são Luiz Carlos Lemke, de 44 anos, e Jorge Luiz Lenke, 20 anos. Jorge foi ouvido na delegacia e liberado em seguida.

A reportagem apurou ainda que o pó do CV é vendido no valor de R$ 40 a 50 reais a grama no Estado. Entretanto a “escama” (cocaína pura), que é a droga mais vendida principalmente na alta sociedade, sai de 150 a 200 reais a grama no mínimo.

O grupo já vinha recebendo ameaças por não aceitar mais o CV como fornecedor.

O crime

De acordo com o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada informando sobre um homicídio, no bairro Central da cidade, na rua das Bromélias. Quando a guarnição chegou ao endereço informado, encontraram o corpo de Julio Amorim dos Santos, 23, dentro da casa. Durante o atendimento desta ocorrência, a viatura foi acionada novamente para atender um outro caso, desta vez de duplo homicídio e uma tentativa. No segundo local, estavam os corpos de Matheus Lucas Nascimento, 20, e Ronei Vitoriano da Silva, 25. Sendo que um estava no chão e o outro no sofá.

Já a terceira vítima estava trancada no banheiro com um corte profundo no pescoço em estado de choque. Os militares acionaram o Samu, que fez os primeiros socorros e o encaminhou ao hospital. Durante a ação, duas adolescentes chegaram relatando que tinham uma bolsa dentro da casa. Os militares verificaram que elas estavam sujas. Uma delas afirmou que estava no local na hora do crime. Diante da situação, e por serem menores de idade, os militares acionaram o Conselho Tutelar para ampará-las. Eles conduziram as meninas para delegacia por motivo de segurança para esperarem os pais.

Testemunhas relataram ainda à PM que uma Bros preta, sem placa foi usada no crime. Por conta disso, guarnições realizaram diligencias. Entretanto quando chegaram a um sítio nas proximidades de Agrovila, viram também uma moto Titan Vermelha. O piloto empreendeu em fuga, mas os policiais conseguiram prender, era Jorge que estava na Bros preta.  Já a mulher e um homem que seguiam na Titan conseguiram fugir deixando para trás a moto. Jorge disse para a polícia que as duas pessoas eram a mãe dele e o padrasto.

Vizinhos disseram aos policiais que vários homens chegaram em motocicletas e entraram na residência. Logo em seguida os disparos foram feitos e eles fugiram na sequência. Foram apreendidos um celular com a tela trincada e armas. A Delegacia Municipal da Polícia Civil coordena as diligências para identificar e prender os possíveis autores dos crimes. As investigações estão sob sigilo.

Fonte: RDNEWS

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