O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso (Coren -MT) irá acionar o Ministério Público Estadual (MPE) contra unidades de saúde pública e privada de Cuiabá e Várzea Grande. Os processos dizem respeitos às inumeras denúncias de falta de Equipamento de Proteção Individual (EPI), itens de má qualidade, falta de treinamento, além de outras irregularidades.
Essa semana, em fiscalização à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Cristo Rei foram encontrados diversas máscaras se “desfazendo” e outros de qualidade duvidosa. Em alguns casos, os servidores tinham que usar fitas para fixar o equipamento sobre o nariz, pois estavam rasgando. Essa foi a segunda visita à unidade. Na primeira, os trabalhadores usavam mascaras artesanais que não ofereciam a proteção adequada.
Semelhante ao caso do Cristo Rei, queixas de falta de EPI, utilização de itens que não oferecem a proteção necessária, ausência de capacitação e protocolos de atendimento a pacientes com suspeita de covid-19 também são constantes.
A coordenadora de fiscalização do Coren, Patricia Vilela, conta que as queixas vêm também do setor privado. Há casos de hospitais que procuraram a Vigilância Sanitária a fim de se informa sobre o tipo de material e maneira de ser fazer máscaras artesanais para oferecer aos servidores, uma vez que as máscaras cirúrgicas desapareceram do mercado.
“Estamos recebendo denúncias de todo o estado e promovendo fiscalização nas unidades. Hoje mesmo fizemos uma lista de estabelcimentos de saúde que apresentaram irregularidades e iremos acionar o MPE para que seja movida uma ação civil pública contra os mesmos”, declarou a coordenadora.
Desde o início da pandemia de covid-19 há queixas quanto a falta de EPI para médicos, enfermeiros e demais profissionais que atendem na saúde. Algums materias foram importados da China e são os principais alvos de queixas, pois não protegem de forma satisfatória.
Em todo o estado, 25 enfermeiros foram contaminados e dois já morream vítimas do novo coronavírus. Alessandra Bárbara Pereira Leite e Athaide Celestino da Silva passaram mais de um mês em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Fonte: Gazeta Digital