Com o objetivo de mobilizar a participação das comunidades, pastorais, igrejas, movimentos populares, sindicatos e outros coletivos organizados pela sociedade civil, será realizada no dia 1º de maio de 2024, a 32ª Romaria das Trabalhadoras e Trabalhadores, com o tema “Trabalho como direito: por vida digna e justiça social” e o lema “Vós sois todas irmãs e irmãos”.
HISTÓRIA DO PRIMEIRO DE MAIO
A História do Dia do Trabalhador e da Trabalhadora remonta o ano de 1886 na industrializada cidade de Chicago (Estados Unidos). No dia 1º de maio deste ano, milhares de trabalhadores foram às ruas reivindicar melhores condições de trabalho, entre elas, a redução da jornada de trabalho de treze para oito horas diárias. Neste mesmo dia ocorreu nos Estados Unidos uma grande greve geral dos trabalhadores.
Dois dias após os acontecimentos, um conflito envolvendo policiais e trabalhadores provocou a morte de alguns manifestantes. Este fato gerou revolta nos trabalhadores, provocando outros enfrentamentos com policiais. No dia 4 de maio, num conflito de rua, manifestantes atiraram uma bomba nos policiais, provocando a morte de sete deles. Foi o estopim para que os policiais começassem a atirar no grupo de manifestantes. O resultado foi a morte de doze protestantes e dezenas de pessoas feridas.
Foram dias marcantes na história da luta dos trabalhadores por melhores condições de trabalho. Para homenagear aqueles que morreram nos conflitos, a Segunda Internacional Socialista, ocorrida na capital francesa em 20 de junho de 1889, criou o Dia Mundial dos Trabalhadores e Trabalhadoras, que seria comemorado em 1º de maio de cada ano.
No Brasil há relatos de atos desde 1895, mas foi somente em 26 de setembro de 1924, que a data se tornou oficial com a criação do decreto nº 4.859.
HISTÓRIA DA ROMARIA
A Romaria foi realizada pela primeira vez em 1989, com o nome de “Romaria das Pequenas Comunidades”. O local de concentração foi a frente da Catedral de Cuiabá e caminhada seguiu pelas ruas da cidade até o Ginásio da Lixeira. No terceiro ano da Romaria, a mesma passou a ser denominada Romaria dos Trabalhadores. Atualmente é chamada de Romaria dos Trabalhadores/as. Este ano, considerando os desafios da mulher trabalhadora e o aumento da violência contra a mulher no campo e na cidade, a Romaria recebeu o nome de “ROMARIA DAS TRABALHADORAS E TRABALHADORES”. Até no lema bíblico, o feminino foi assumido “VÓS SOIS TODAS IRMÃS E IRMÃOS” (Mt. 23,8)
TRABALHO COMO DIREITO: POR VIDA DIGNA E JUSTIÇA SOCIAL
A luta pelos direitos humanos no Brasil tem acompanhado o longo, difícil e, ao mesmo tempo, gratificante processo de aprendizagem popular de luta pela garantia dos direitos sociais, econômicos e culturais; para que o direito de ir e vir não se acabe por não haver um salário decente; pelo fim da descriminação de todo tipo; pela erradicação da tortura e de todo tratamento cruel, desumano e degradante; pelo fim da impunidade; para que a vida esteja acima da dívida; pela garantia de legislações que respeitem os interesses populares no processo constituinte e no processo legislativo ordinário; para que o Judiciário não confunda imparcialidade com neutralidade; pela efetivação de instrumentos de participação popular, na definição de políticas públicas e no controle orçamentário; para que o País cumpra seus compromissos internacionais. Para isso, militantes, entidades da sociedade civil e movimentos sociais recorrem ao sistema regional e global de Direitos Humanos, na luta para que a cidadania encontre lugar e tempo no Brasil e no mundo.
Cientes de que “outro mundo é possível”, é que no tema deste ano assumimos a reflexão do “Trabalho como direito: Por vida digna e justiça social” com o nome da Romaria no feminino para refletir sobre a igualdade no trabalho na perspectiva de gênero.
PROGRAMAÇÃO:
VAMOS JUNTOS E JUNTAS PARTICIPAR DA 32ª ROMARIA DAS TRABALHADORAS E DOS TRABALHADORES
07h – Concentração
7h30- Mística de abertura
8h – Caminhada até à Comunidade São José – bairro 1º de março
9h30 – Ciranda das Trabalhadoras e Trabalhadores
10h – Mística de encerramento
Lanche partilhado, apresentações culturais
Realização: Coletivo de entidades da sociedade civil e religiosa.
Coordenação: Articulação Grito dos Excluídos e Excluídas – MT
Marilza Schuina – (65) 9 81485800
Glória Maria – 65 9 84136713