Desde 1964, a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (EMPAER) vem trabalhando focada no incentivo, no desenvolvimento rural e inserindo novas tecnologias para os produtores, com o objetivo de gerar e garantir o desenvolvimento econômico (renda) das famílias rurais.
A razão de existir da EMPAER é dirigida à agricultura familiar e ao pequeno agricultor, levando [a campo], através de seus profissionais, a assistência técnica, pública e gratuita, promovendo assim, o bem-estar social e qualidade de vida àquelas famílias mais desprovidas de oportunidades, quase sempre do campo.
A EMPAER, através dos seus 124 escritórios, organizados em 7 coordenações regionais, é uma empresa pública do estado Mato Grosso, vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (SEAF), e tem como baliza os princípios da conduta ética e cidadania; da postura educativa; da ação centrada na realidade; do incentivo e respeito à participação dos clientes; da valorização da parceria; da gestão voltada para resultados e da descentralização das ações. Tais princípios fomentam seus agentes a superarem os obstáculos insalubres topados, diariamente.
Em visita ao escritório de Rondolândia/MT, a 1.150 km de Cuiabá, conhecemos o trabalho profícuo desenvolvido pelo técnico Tiago Lagares. Mesmo com escasso recurso logístico, e de pessoal, mas com grande entusiasmo, esse profissional vem obtendo resultados positivos junto à comunidade local, inclusive com os indígenas das etnias Surui e Zoró, através de projetos de produção de cacau e café. Fruto de seu trabalho, embora não seja o propósito da EMPAER, aldeias indígenas de Rondolândia vêm ganhando espaço no mercado nacional pela qualidade do café produzido, sinalizando portanto, que quando o trabalho feito na base é de excelência, o resultado assim, também o é.
Ainda que o agronegócio não seja o farol desta empresa pública, ora pois, tendo em vista o alto nível de capacitação de seus profissionais, alguns mestres e doutores contribuem com seus estudos, reconhecidos nacional e internacionalmente, para com o desenvolvimento empresarial.
Ademais, não é raro conhecer grandes fazendeiros que tiveram na orientação da agricultura familiar o marco inicial do seu sucesso.
Não se deve olvidar que grande parte dos produtos do campo, que chegam em nossas mesas, são produzidos pelo pequeno agricultor. Por esse prisma, já se reconhece a importância social desta estatal, visto que capacitar esses lavradores, é garantir o alimento saudável do nosso dia-a-dia.
Transformar uma terra ácida, de pouca serventia, em região extremamente produtiva é a principal tarefa dos pesquisadores da EMPAER.
No estudo de viabilidade feito pela empresa, ficou constatado que cada R$ 1,00 investido na EMPAER, o estado tem o retorno de R$ 7,00.
Mais do que uma empresa estatal, a EMPAER é uma “escola” renomada, pois dela surgem soluções para problemas como o combate à praga bicudo, existente no algodão.
A EMPAER, indubitavelmente, presta serviços incomensuráveis à população mais carente do Mato Grosso.
Dívidas acumuladas, na cifra de milhões de reais e os altos salários de parte dos servidores, têm sido a fundamentação do governo atual para o encerramento das atividades dessa instituição que, conforme apresentado, tem contribuído significativamente com a sociedade, em particular com a classe rural e pequenos agricultores.
Críticos a essa postura, afirmam que, partindo desse princípio, parte considerável do estado deveria encerrar os trabalhos.
Diante da decisão sumária, o governo tem se mostrado irredutível e com pouca possibilidade de negociação com a categoria. Por outro lado, representantes da instituição têm se mostrado flexível e aberto a ajustes, inclusive com adoção de um Plano de Demissão Voluntária (PDV).
Auditorias, combinada com responsabilização de agentes públicos existem para individualizar a responsabilidade do dano perante o Estado ao qual serve, seja dolosa ou culposamente. Assim, interromper o trabalho desenvolvido pela EMPAER é uma perda irreparável, não só para a família rural e pequenos produtores, como para o agronegócio, para a ciência, através do cabedal de conhecimento desenvolvido nessa instituição e para a sociedade mato-grossense.
Visita a lavoura de café em Terra Indígena
Parabéns aos ser referência e atender uma sociedade muito importante que é a agricultores familiar e tantas outras como escolas e demais da sociedade.
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